terça-feira, 13 de outubro de 2015

                 O canteiro dos livros (continuação)            Quando voltou para casa nesse dia, chamou os colegas e mostrou-lhes o canteiro, mas os amigos pensavam que ele estava doente, pois não viam nada. De seguida, mandou os colegas embora e foi para o quarto, pois precisava de pensar no que se passava.
          Certo dia, a mãe ficou desconfiada. Não sabia o que se passava, porque ele não falava. Ela foi ao jardim e viu os livros a nascerem do canteiro e pensou:
          - O meu filho estava certo! Eu não vou mais duvidar dele.          A partir desse dia passou a ir entregar à Biblioteca cem livros por dia! Madalena Jacinto, 5ºA, ano letivo 2015/2016

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O canteiro dos livros
      Quando voltou para casa, nesse dia, o Francisco reparou que os livros estavam a crescer muito depressa. Ele tentou não pensar mais nos livros, mas não conseguia deixar de pensar no que estava a acontecer no seu canteiro das hortências. Seria a terra mutante? Ou então a sua casa tinha sido construída em cima de um cemitério de livros? Era tudo uma questão de tempo até o Francisco descobrir. Estava cheio de dúvidas sobre o que estaria a acontecer no seu canteiro onde sempre estiveram plantadas hortências normalíssimas.
      Ao jantar, o Francisco comeu frango agridoce. Mas por causa do dilema dos livros, só conseguia pensar em frango à fotocopiadora.
     Desesperado, foi contar o seu grande segredo ao seu melhor amigo Fanecas. Fanecas estava estupefacto com o que aconteceu. Mas depois disse:
       - Ó! Tu estás é a ver coisas, Francisco.
       - Não, não! Os livros são reais! Juro-te. - afirmou Francisco.
       - Então, mostra-me.
       - Ok!
      No sábado seguinte, lá estavam eles a olhar para o canteiro. Fanecas não conseguia acreditar no que os seus olhos viam. Os livros, que há pouco eram apenas numa quantidade insignificante, tinham-se transformado numa sequóia enorme carregada de livros.
      - E se nós abríssemos uma biblioteca? - sugeriu Fanecas.
      - Não, deixa-me pensar. Espera lá, até não é má ideia! – concordou Francisco

      E foi assim que se formou a biblioteca com os livros mais interessantes do mundo.


Trabalho elaborado por: Manuel Castro, 5ºA, ano letivo 2015/2016

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Poemas 5ºF

As gotas de água.

Ping… ping … cai a gota.
Deita água ping… ping…
Ping…ping… gasta água
Gasta água do quintal ping... ping...
Ai, o que vamos pagar
Cai água
No quintal
Rega o quintal
Rega, rega
Ping…
Ping…

Ping…

Maria Pires, 5ºF

domingo, 3 de maio de 2015

Ser poeta é....

Trabalho de grupo das turmas do 6º ano, I e J.










quarta-feira, 7 de maio de 2014

"O pássaro da cabeça e mais versos para crianças" de Manuel António Pina

A Ana quer
A Ana quer
nunca ter saído
da barriga da mãe.
Cá fora está-se bem,
mas na barriga também
era divertido.
O coração ali à mão,
os pulmões ali ao pé,
ver como a mãe é
do lado que não se vê.
O que a Ana mais quer ser
quando for grande e crescer
é ser outra vez pequena:
não ter nada que fazer
senão ser pequena e crescer
e de vez em quando nascer
e voltar a desnascer.




Coisas que não há que há
Uma coisa que me põe triste
é que não exista o que não existe.
(Se é que não existe, e isto é que existe!)
Há tantas coisas bonitas que não há:
coisas que não há, gente que não há.
bichos que já houve e já não há,
livros por ler, coisas por ver,
feitos desfeitos, outros feitos por fazer,
pessoas tão boas ainda por nascer
e outras que morreram há tanto tempo!
Tantas lembranças de que não me lembro,
sítios que não sei, invenções que não invento,
gente de vidro e de vento, países por achar,
paisagens, plantas, jardins de ar,
tudo o que eu nem posso imaginar
porque se o imaginasse já existia
embora num lugar onde só eu ia...



O pássaro da cabeça
Sou o pássaro que canta
dentro da tua cabeça,
que canta na tua garganta,
que canta onde lhe apeteça.
Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
(mesmo as que julgas que não).
Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada.
E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão
e ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Contos tradicionais portugueses



Frei João Sem Cuidados


O rei ouvia sempre falar em Frei João Sem-Cuidados como um homem que não se afligia com coisa nenhuma deste mundo. E isso provocava-lhe uma certa inveja: 
— Deixa estar, que eu hei-de meter-te em trabalhos — pensou o rei para consigo.
Mandou-o chamar à sua presença e disse-lhe:
— Vou dar-te uma adivinha e, se dentro de três dias, não me souberes responder, mando-te matar. Quero que me digas:
1.º Quanto pesa a lua? 2.º Quanta água tem o mar? 3.º Que é que eu penso?
Frei João Sem-Cuidados saiu do palácio bastante atrapalhado, pensando nas respostas que havia de dar a cada uma daquelas perguntas.
O velho moleiro encontrou-o no caminho e estranhou ver o frade tão macambúzio e de cabeça baixa.
— Olá, Frei João Sem-Cuidados, então porque é que está tão triste?
— É que o rei disse-me que me mandava matar se, dentro de três dias, não lhe respondesse quanto pesa a lua, quanta água tem o mar e em que é que ele pensa!
O moleiro desatou a rir e disse-lhe que não tivesse cuidado, que lhe emprestasse o hábito de frade, que ele iria disfarçado e havia de dar boas respostas ao rei.
Passados três dias, o moleiro, vestido de frade, foi pedir audiência ao rei. Este perguntou-lhe:
— Então quanto pesa a lua?
— Saberá Vossa Majestade que não pode pesar mais do que um arrátel, pois todos dizem que ela tem quatro quartos.
— É verdade. E agora: quanta água tem o mar?
— Isso é muito fácil de saber. Mas como Vossa Majestade só quer saber a água do mar, é preciso primeiro mandar tapar os rios, porque sem isso nada feito.
O rei achou bem respondido, mas, zangado de ver Frei João Sem-Cuidados a escapar-se às dificuldades, tornou:
— Agora, se não souberes que é que eu penso, mando-te matar!
O moleiro respondeu:
— Ora, Vossa Majestade pensa que está a falar com Frei João Sem-Cuidados e está mas é a conversar com o seu moleiro.
O velho moleiro deixou então cair o capucho de frade e o rei ficou pasmado com a esperteza dele e a do João Sem-Cuidados, que tão bem soube fazer-se substituir.
Contos populares portugueses: antologia. Publicações Europa-América, 1998
Flores da obra "O Rapaz de Bronze"

O gladíolo




Flor do Muguet




A tulipa





A rosa




O nardo